sábado, 28 de março de 2015

Faculdade direito, sonhos, curso,...

Hoje venho com um reflexão que em nada tem a ver com o meu canal e com o conceito do meu blog. Venho expor a minha opinião (breve, não vou dissertar) acerca do meu curso que para quem não sabe é de Direito.
Desde dos 13 anos que disse que queria ser advogada, sempre o disse. As pessoas diziam-me "Fazes bem ilsa, e depois até estudas mais um bocado e és juíza", mas eu dizia sempre que não, eu quero ser advogada, não quero juíza, e dizem (ainda esta semana disseram-me) "pá, mas és burra, como juíza ganhas mesmo bem".
Mas, mais uma vez, eu sempre quis/quero ser advogada. Quero chegar às cabeças das pessoas com a razão, quero resolver casos com a palavra, quero lutar com argumentos.
Bem, mas chegou-se ao 10ºano, fui para ciência. Sim, ciências que tem fisico-química, matemática e biologia. Não tem nada a ver, mas todos a minha volta diziam-me "Ilsa, isso não futuro","Ilsa, existem montes de advogados desempregados", "Ilsa, se ainda fosses para juíza até compreendia", "Ilsa...". Então fui para ciências, até era +/- boa a matemática e sempre gostei muito de química. Ainda hoje sou uma curiosa, gosto de perceber como e porque as coisas acontecem. Então, lá fui para ciência e foram 3 anos que sinceramente não foram de todo perdidos, adorei o curso em si, porque me apercebi de coisas que nós pensamentos a vida toda que é assim, mas afinal não é percebem?
Aquilo que estava a custar mais para o fim era mesmo matemática, mas aparte disso adorei o curso.
No entanto, eu nunca sabia o que queria ser, ou queria ser enfermeira, ou algo relacionado com investigação, mas não era algo que faria qualquer coisa para estar lá, "queria" porque não havia mais nada. Até que um dia parei, estava no 11ºano, parei um bocado para pensar, e refleti o que eu queria ser, independentemente do curso em que estava, o que é que eu queria ser no futuro? E veio aquele friozinho na barriga de um desejo antigo, eu queria ser advogada, sempre quis...
Tentei inscrever-me nas aulas de história no 12ºano para fazer o exame, e ainda andei uns 3 meses, entretanto as provas de ingresso mudaram, e haviam faculdades que era só necessário fazer o exame de Português. Fiz o exame de Português numa altura de grande mudança na minha vida, não consegui entrar numa universidade pública, mas ainda assim tinha média para uma bolsa de mérito numa faculdade privada. E foi assim que cheguei à Lusíada. Não adoro a minha faculdade de facto, mas os professores... os meus professores gostam de falar em direito e eu era capaz de os ouvir durante horas. Mas de verdade!! 
Falam com paixão, falam sobretudo, com sabedoria e experiência.

No primeiro semestre tudo isso não bastou, cheguei a questionar se devia de continuar no curso..
Nos últimos meses, eu só me tenho dedicado a minha vida jurídica, ler artigos, ler opiniões, saber o que os outros pensam, ver livros, ir ás aulas todas e sugar tudo o que dali posso tirar.. Chego a ficar chata!
Eu acho que meu curso nem é assim dificil, porque na minha cabeça para que tudo faz sentido, é tudo muito lógico, eu percebo o que se está a passar, ainda que o sistema ás vezes esteja mal aplicado e que as coisas não sejam bem assim, eu percebo.. e não acho difícil. Acho o meu curso apaixonante. 
E sim, acho que deve-se estudar muito, que os exames da entrada na ordem deve ser rigoroso (ainda que contra mim fale), e compreendo, em certa parte, que o estágio não remunerado, ou que ele seja de dois anos. Em suma, eu sei que vai ser difícil, mas eu quero tanto isto que me parece impossível não conseguir.

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