domingo, 3 de dezembro de 2017

o Depois

Mais um ciclo que chega ao fim. 
A verdade é que tudo é um ciclo, e todos eles têm um fim. Uns mais perto, outros mais longe, mas acabam por chegar. 
Entender e decidir que chegou, é o mais difícil. E o Depois? Esse... 
Que o sofrimento é inevitável já sabemos, que faz parte do processo fazer uma espécie de luto, também. Porque uma parte morreu. Restam as lembranças, e essas são guardadas naquele músculo palpitante do lado esquerdo do peito.
O mais difícil é o Depois, é saber quem fica, quem vai e quem fica a meio. É saber quem chega, e porque chega.
É aprender que às vezes nem fica nem vai, às vezes temos que saber o que é vácuo, o vazio, o estar sozinha. Isso, isso é o mais difícil. Deixar de procurar um todo noutra metade. Ser completa sem complementos. 
É sentir liberdade, mas sentir-me presa aos pensamentos.
É sentir espontaneidade, mas ter medo do futuro.
É sentir-me mais eu, mas não saber o que isso quer dizer.

Mas confesso, é tudo o que eu queria, e mais, é tudo o que precisava. 
A incerteza, instabilidade, autoconhecimento e por fim, a resiliência. Faz tudo parte, faz tudo parte...
E de repente, volto aos meus 15, com mais 7 em cima, e isso é maravilhoso.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Obrigada Robin Sharma

Já algum tempo que queria comprar este livro, mas nunca o encontrava, procurei em vários sítios, até que a minha Tatiana disse que estava em mega promoção da Note it, e desde daí foi amor, só amor por este livro.
Provavelmente é dos livros mais pequeninos que tenho lido ultimamente no que diz respeito ao número de páginas, mas é o que estou a demorar mais a ler. Não porque é chato, não porque está a ser difícil nem porque não estou a gostar, pelo contrário, quero oferecer este livro a todas as pessoas que eu amo, quero ler e reter tudo, todos a sabedoria que este livro tem, quero absorver toda a energia que estas palavras têm para me oferecer, então estou a ler muito devagarinho, e se porventura começar a ficar com sono, paro logo de ler, quero ficar com tudinho na cabeça, no coração.



Se me perguntassem "Ilsa, só posso escolher um livro para ler na minha vida?" então eu diria este, mas sem pensar sequer, por ser tão evidente, é de longe o melhor livro que já li. É mágico.
E com medo de perder esta magia por entre as páginas decidi que tinha que reler o livro, mas desta vez sublinhando o que acho mais importante e pertinente e depois passar para o meu caderninho, deste modo, além de fixar muito mais na minha mente, posso reler essas partes de uma forma muito mais acessível.


Hoje de manhã acordei, espreguicei-me, pensei nas coisas pelas quais sou grata e em vez de ir tomar um cafe, comecei o dia a escrever um mantra que tinha ficado a pairar desde da noite passado, depois de ler o livro, e comecei a sublinhar e a escrever no meu amado caderno.
Neste momento estou a analisar o primeiro capítulo da fábula, que diz respeito ao jardim, ou seja, a nossa mente, e sem querer dar spoilers do livro, tratem da vossa mente como um jardineiro dedicado e orgulhoso trata do seu jardim.


segunda-feira, 17 de julho de 2017

1º Aniversário da minha Maria

Começa a escrever este post um dia antes de ele ser publicado, porque a emoção de escrever é muita, eu preciso de falar e porque amanhã vai ser um grande dia.
Amanhã é o dia em que a minha Maria faz um aninho, na verdade, não sei em que dia mesmo é que ela nasceu, pois (in)felizmente a Maria foi abandonada. Se ainda não perceberam a Maria é a minha cadelinha, a paixão da minha vida.
Amanhã faz então um ano, e nada mais justo do que celebrar com pessoas que por uma ou outra razão fazem sentido estarem connosco a celebrar. Felizmente, tenho um namorado tão louco como eu, que alinhou logo na ideia de fazer-mos uma festinhas à Maria, com direito a bolo e tudo, o que nos leva a outro tópico!

Hoje comecei a preparar a festinha, mini-festa, convívio canino, como queiram chamar. E a pensar nos humanos, decidi fazer umas treats para ir picando durante a tarde.
Ainda não sabia muito bem o que fazer, mas tinha a certeza de uma coisa : TEM QUE SER SAUDÁVEL. Ultimamente, a frase "conquistar pela boca" tem feito cada vez mais sentido, mas no sentido saudável da coisa, passo a explicar: para mim nada é mais gratificante do que cozinhar para as pessoas que eu amo, podia estar um dia inteiro a fazê-lo, mas dá-me ainda mais prazer oferecer-lhes coisas que lhe vão nutrir, que os vão alimentar e os deixar saudáveis.
Fiz então umas energy balls, uma espécie de ferrero saudável, e modesta e a parte estavam deliciosas (estão, ainda é dia 14).









Também tinha feito um bolo de chocolate sem glúten, e até estava fofinho, mas o sabor... Acho que o bicarbonato de sódio estava estragado.

O dia seguinte foi maravilhoso, a Maria divertiu-se muito com os outros cãezinhos, e nós tivemos um convívio a falar sobre os nossos animais, as patetices deles, o amor que temos por eles, que é de certo modo inexplicável.
A certo altura falou-se do amor, irracional, que temos por estes pequenos. De facto, o amor nunca é racional, mas vamos ser sinceros, eu fiz um bolo de aniversário para a festa de anos da minha cadela, não será demais ? 




Chego à conclusão que não, que não é demais, e que por muito que possa parecer estranho aos demais, eu tenho uma ligação muito forte com a minha cadelinha, faço tudo para que esteja feliz porque consequentemente isso também me deixa feliz. Gosto de andar com ela para todo o lado, e gosto que ela venha para a piscina comigo, coma comida que eu amavelmente faço para ela e que corra muito que nem uma gazela como só ela sabe fazer. 
Já há muito tempo que deixei de me importar (menos) com aquilo que os outros pensam, ainda mais quando são coisas que só me fazem bem <3


Parabéns outra vez minha Maria, mamã adora-te

sexta-feira, 14 de julho de 2017

A magia de Bali numa aluna de direito

Aqui estou, ainda há procura de um nome para o blog que realmente me caracterize, com o qual me sinto identificada, mas ainda não encontrei.
No entanto, tal não pode ser impedimento para eu recomeçar a escrever. Há uns tempos que tenho escrito, desta vez num diário, ou melhor, num caderninho, não é propriamente um diário, não é algo que escreve todos os dias, mas sim quando sinto necessidade.


Hoje em dia sinto-me muito mais conectada comigo mesmo, uns dias melhores, outros piores, mas sinto que estou a conseguir encontrar um equilíbrio entre o bem e o mal, tal como os balineses defendem, comecei a aceitar tanto o mal como aceito o bem, ele é necessário e deve ser igualmente integrado na nossa vida, não só para dar ainda mais valor mas também porque a dor é o nosso melhor professor, isto é, ninguém aprende com acertos, mas com erros.

A verdade é que é muito mais fácil falar do que fazer, como sempre, a vida acaba por nos trazer os testes para aplicar a teoria, o que lemos, o que nos dizem, os nossos pensamentos. Hoje tive um teste da vida.
Para quem não sabe eu estudo Direito, é um curso que me completa e me apaixona todos os dias, adoro estudar para ele, adoro aprender, simplesmente adoro.. No primeiro semestre, tive uma cadeira que todos me diziam que ia ser super fácil, que o professor só ditava as coisas e que os testes eram os ditos "chapa 5". O que fiz? Subestimei a cadeira, deixei de ir as aulas e comecei a dedicar-me a cadeiras que eu achava mais difícil, mas quando cheguei a altura do exame a matéria era muito e eu já não consegui fazer a cadeira.
Deixei para recurso, chorei, esperneei, entrei em pânico, voltei a chorar. Ir a recurso é uma novidade para mim. Não gosto de dizer que me sinto superior aos outros, e não me sinto, mas no fundo nunca achei que teria de ir a recurso. Fui estudando ao longo do 2semestre, mas hoje percebi que não foi o suficiente, voltei a reprovar.
Dói, alias doeu muito, logo que recebi a nota fiquei com os olhos em água a olhar para o computador, e pensei nos balineses.. "Aceita" ouvi na minha cabeça. O que tirei de bom nisto? Muito mais do que possa parecer, já estou de férias porque já não tenho que ir a oral, para o ano tenho oportunidade de tirar uma nota alta e deste modo subir a minha média- que agora é o meu objetivo, mas a lição maior que eu tiro é aprender a ser humilde e nunca, mas nunca mais deixar que o ego passe por cima de mim. Como achei que era uma cadeira fácil e considero-me uma pessoa inteligente, não estudei tanto como devia, não me dediquei como devia, e isso só aconteceu porque achei que era "fácil de mais para eu não fazer a cadeira".
Outra coisa que estou a aprender a lidar é que eu erro, tal como qualquer pessoa no mundo, eu erro, e isso é apenas uma condição de eu ser humana em crescimento, e aceitar isso é das coisas mais fáceis e difíceis ao mesmo tempo. Eu erro, eu posso errar e eu devo errar.
Esta cadeira talvez não me tenha ensinado muito acerca de direito administrativo, mas sem dúvida que me ensinou acerca de mim e da minha vida, ou melhor, da vida que quer levar.