domingo, 3 de dezembro de 2017

o Depois

Mais um ciclo que chega ao fim. 
A verdade é que tudo é um ciclo, e todos eles têm um fim. Uns mais perto, outros mais longe, mas acabam por chegar. 
Entender e decidir que chegou, é o mais difícil. E o Depois? Esse... 
Que o sofrimento é inevitável já sabemos, que faz parte do processo fazer uma espécie de luto, também. Porque uma parte morreu. Restam as lembranças, e essas são guardadas naquele músculo palpitante do lado esquerdo do peito.
O mais difícil é o Depois, é saber quem fica, quem vai e quem fica a meio. É saber quem chega, e porque chega.
É aprender que às vezes nem fica nem vai, às vezes temos que saber o que é vácuo, o vazio, o estar sozinha. Isso, isso é o mais difícil. Deixar de procurar um todo noutra metade. Ser completa sem complementos. 
É sentir liberdade, mas sentir-me presa aos pensamentos.
É sentir espontaneidade, mas ter medo do futuro.
É sentir-me mais eu, mas não saber o que isso quer dizer.

Mas confesso, é tudo o que eu queria, e mais, é tudo o que precisava. 
A incerteza, instabilidade, autoconhecimento e por fim, a resiliência. Faz tudo parte, faz tudo parte...
E de repente, volto aos meus 15, com mais 7 em cima, e isso é maravilhoso.

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